CARLOS EDUARDO DE CARVALHO
Introdução: A hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública que afeta um grande percentual da população brasileira, acarretando um grande número de complicações e mortes nos dias atuais. O acompanhamento dos usuários hipertensos na Estratégia Saúde da Família (ESF) é fundamental para o melhor controle desta patologia, e consequentemente redução dos danos, sendo a
assistência de enfermagem essencial para mudanças de paradigmas neste contexto. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito de uma intervenção multifacetada do cuidado de enfermagem ofertado aos usuários com hipertensão arterial na ESF, com vistas ao melhor controle pressórico destes. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, experimental do tipo ensaio clínico randomizado em cluster, realizado nas ESFs de dois municípios: Jucurutu, Rio Grande do Norte e São Caetano, Pernambuco. A pesquisa foi composta pelos profissionais enfermeiros atuantes nas ESF dos dois municípios (12 ESF) e pelos usuários hipertensos (231 usuários) que foram divididos em dois grupos, o grupo controle e o grupo intervenção. Foram realizadas 4 intervenções no decorrer do estudo: Capacitação dos profissionais enfermeiros; aplicação da consulta de enfermagem estruturada para os usuários hipertensos; telemonitoramento e/ou visita domiciliar para acompanhamento; e apoio matricial para os enfermeiros integrantes do grupo intervenção. Resultados: Após a aplicação da intervenção foi encontrado um aumento na taxa de controle dos níveis pressóricos, bem como uma redução nos níveis de pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica, nos usuários em ambos os grupos. O grupo controle apresentou uma elevação na taxa de controle pressórico de 5,6% e uma redução de 2,7mmHg na pressão arterial sistólica, já o
grupo intervenção um aumento de 7,8% na taxa de controle pressórico e uma redução de 4,1mmHg na pressão arterial sistólica. Conclusão: Frente a importância dos achados deste estudo, fica clara a relevância da assistência de enfermagem de forma estruturada, a este grupo, para um melhor seguimento e consequente adequado controle pressórico. Sendo fundamental a valorização e conscientização dos profissionais de enfermagem sobre o seu papel neste acompanhamento.
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