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Jornada na atenção primária à saúde e utilização de soluções digitais por gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde no contexto da pandemia de COVID-19
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Documento
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
Jornada na atenção primária à saúde e utilização de soluções digitais por gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde no contexto da pandemia de COVID-19
Autor(a)
Cristiane Mourão Carvalhedo Mesquita
Orientador(a)
Ivana Cristina de Holanda Cunha Barreto
Palavras-chave
COVID-19; Gravidez; Telemedicina
Resumo
INTRODUÇÃO: O atendimento de clientes por aplicativos com chatbots, já é uma realidade e se torna cada dia mais comum nos cuidados de saúde à distância. No período de pandemia, a utilização de aplicativos via smartphones se tornou ainda mais predominante. Todavia, é necessário construir aplicativos com base em informações científicas, especialmente para gestantes, dado que constituem grupo de risco para a COVID-19. OBJETIVO: O presente estudo teve o objetivo de caracterizar a jornada na atenção primária à saúde, as necessidades de informação, o acesso e a utilização de soluções digitais por gestantes para embasar o desenvolvimento do protótipo do GISSA Intelligent Bot no contexto da pandemia de COVID-19, um agente conversacional para orientar no autocuidado e promoção da saúde, necessário no contexto da pandemia do COVID-19. MÉTODO: Trata-se de pesquisa transversal, de metodologia mista, desenvolvida em duas etapas. Na primeira etapa realizou-se a análise do perfil sociodemográfico, jornada nos serviços de saúde, informação em saúde e digital de gestantes da Região de Saúde de Sobral do Estado do Ceará, com abordagem exploratória e descritiva. O cálculo da amostra não probabilística foi realizado por meio de calculadora amostral virtual que revelou o tamanho amostral de 241 gestantes. Para seleção da amostra foram incluídas as mulheres com documento comprobatório de gestação (caderneta da gestante ou teste comprobatório), maiores de 18 anos, residentes na Região de Saúde de Sobral, usuárias de Centros de Saúde da Família ou serviços ambulatoriais especializados selecionados para coleta de dados. Foram excluídas as gestantes com dificuldades para compreender o formulário eletrônico, composto por 42 questões. A segunda etapa foi a construção de cenários de diálogos conversacionais para desenvolvimento do protótipo GISSA Intelligent Bot para gestantes. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Escola de Saúde Pública do Ceará (4.550.646/2021). RESULTADOS: Houve a participação de 247 gestantes. A idade média foi de 29,5 (±6,16) anos, com valor mínimo de 18 anos e máximo de 46 anos. Quanto ao grau de escolaridade das participantes, a maioria possuía ensino médio (49,0%). Identificou-se que 46,9% tinham como fonte de busca de informação à internet; 19,2% a equipe da Estratégia Saúde da Família; 18,7% a televisão; 13,1% o Google; e, 3,7%, as redes sociais. Em sua maioria, as mulheres relataram boa comunicação com as equipes de saúde da família, em especial com os enfermeiros, médicos e agentes comunitários de saúde. As gestantes relataram que conseguem se comunicar com os profissionais via redes sociais, em especial Whatsapp. Porém, para maioria, o acesso a marcação de consultas só acontece quando vão presencialmente na Unidade Básica de Saúde, salvo quando o agente comunitário de saúde faz a marcação. Quanto ao acesso e a utilização da internet e de soluções digitais, a maioria das gestantes possui wi-fi em casa, tendo o aparelho celular como o principal equipamento de acesso às redes sociais. Outro achado importante é que as gestantes buscam informações sobre a gravidez na internet com muita frequência, porém a maioria delas não confia nos resultados. CONCLUSÃO: O estudo permitiu a identificação da jornada na atenção primária à saúde, o acesso e a utilização da internet e de soluções digitais, além dos cinco assuntos de maior interesse sobre a gestação apontados pelas participantes, que irão subsidiar a construção de um chatbot direcionado as gestantes no contexto da COVID-19, que também poderá ser utilizado pelos profissionais de saúde, em especial pelos agentes comunitários de saúde, como material educativo.
Abstract
INTRODUCTION: Customer service through applications with chatbots is already a reality and is becoming more and more common in remote health care. During the pandemic period, the use of applications via smartphones has become even more prevalent. However, it is necessary to build applications based on scientific
information, especially for pregnant women, as they constitute a risk group for COVID-19. OBJECTIVE: The present study aimed to characterize the journey in primary health care, the information needs, access, and use of digital solutions by pregnant women to support the development of the GISSA Intelligent Bot prototype in the context of the COVID-19 pandemic. 19, a conversational agent to guide self-care and health promotion, necessary in the context of the COVID-19 pandemic. METHOD: This is a cross-sectional study, with a mixed methodology, developed in two stages. In the first stage, the analysis of the sociodemographic profile, journey in health services, and health and digital information of pregnant women in the Health Region of Sobral in the State of Ceará was carried out, with an exploratory and descriptive approach. The calculation of the non-probabilistic sample was performed using a virtual sample calculator that revealed the sample size of 241 pregnant women. For sample selection, women with a document proving pregnancy (pregnancy booklet or supporting test), over 18 years of age, residing in the Sobral Health Region, and users of Family Health Centers, or specialized outpatient services selected for collection of pregnancy were included. Dice. Pregnant women with difficulties understanding the electronic form,consisting of 42 questions, were excluded. The second stage was the construction of conversational dialogue scenarios for the development of the GISSA Intelligent Bot prototype for pregnant women. The research was approved by the Ethics Committee of the School of Public Health of Ceará (4,550,646/2021). RESULTS: There was the participation of 247 pregnant women. The mean age was 29.5 (±6.16) years, with a minimum of 18 years and a maximum of 46 years. As for the level of education of the participants, most had high school (49.0%). It was identified that 46.9% had the internet as a source of information search; 19.2% the Family Health Strategy team; 18.7% television; 13.1% Google; and, 3.7%, social networks. Most women reported good communication with the family health teams, especially with nurses, doctors, and community health agents. Pregnant women reported that they are able to communicate with professionals via social networks, especially WhatsApp. However, for the majority, access to appointment appointments only happens when they go to the Basic Health Unit in person, except when the community health agent makes the appointment. As for accessing and using the internet and digital solutions, most pregnant women have Wi-Fi at home, with cell phones as the primary device for accessing social networks. Another important finding is that pregnant women seek information about pregnancy on the internet very often, but most of them do not trust the results. CONCLUSION: The study allowed the identification of the journey in primary health care, access and use of the internet, and digital solutions, in addition to the five subjects of greatest interest about pregnancy pointed out by the participants, which will support the construction of a targeted chatbot pregnant women in the contexto of COVID-19, which can also be used by health professionals, in particular by community health agents, as educational material.
Linha de Pesquisa
Atenção e Gestão do cuidado em saúde
Ano Defesa
2022
Nucleadora
Instituição
FIOCRUZ
UF
CE