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COLABORAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
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Documento
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
COLABORAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Autor(a)
Flávia Campos Pontes
Orientador(a)
Maria Socorro de Araújo Dias
Palavras-chave
Colaboração Interprofissional. Estratégia Saúde da Família. Trabalho em equipe.
Resumo
A complexidade do trabalho em saúde passou a exigir a incorporação de novos saberes e ressignificação de práticas. Diante desta complexidade elucida-se o trabalho em equipe como exercício necessário. A Estratégia Saúde da Família (ESF) enquanto Política de Saúde estruturante presume o trabalho em equipe e requer um agir colaborativo. Este estudo orientou-se por este entendimento e analisou o nível de colaboração interprofissional na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo orientado pela episteme da natureza qualitativa, realizado em um munícipio de médio porte populacional e com cobertura total pela ESF. O referencial teórico-metodológico do Modelo de Colaboração Interprofissional de D‟Amour (1997) subsidiou a elaboração dos roteiros dos instrumentos, a organização, a análise e a interpretação dos dados. Tomou-se como dados empíricos a base de dados do Sistema de Informação e-SUS; uma escala likert elaborada pelos autores e aplicada individualmente junto aos profissionais da ESF; e textos extraídos de grupos focais realizados junto as equipes. Considerando o referencial, os resultados evidenciaram que: os profissionais da equipe macro da ESF realização de suas atividades em torno de objetivos comuns; guiam suas condutas fortemente orientados por interesses profissionais, tendo irregularmente o cliente como foco central; existem oportunidades para interação da(s) equipe(s), mas os espaços nem sempre assumem este fim, apresentando ainda dificuldades para a pertencibilidade de todos os profissionais a equipe macro; há manifestação de confiança na(s) equipe(s), embora incipiente; os acordos (in)formais decorrem de consensos na ESF com regras definidas em conjunto. A infraestrutura favorece movimentos de compartilhamento de informação, entretanto não é usada adequadamente; há o reconhecimento da presença de uma liderança, entretanto, com posições verticalizadas, tornando-a pouco impactante; existem momentos de capacitação assim como espaços para discussão, mas precisam ser potencializadas. Tais resultados sinalizam um nível 2 de colaboração interprofissional na ESF no município estudado, ou seja, uma colaboração interprofissionais na(s) equipes da ESF em desenvolvimento. Infere-se, por fim, a existências de desafios a serem suplantados, mas que a ESF apresenta potencialidades para alcançar um nível de colaboração ativa (nível 3).
Abstract
The complexity of health work started to require the incorporation of new knowledge and re-signification of practices. Faced with this complexity, team work is elucidated as a necessary exercise. The Family Health Strategy (FHS) as a structuring Health Policy presumes teamwork and requires collaborative action. This study was guided by this understanding and analyzed the level of interprofessional collaboration in the Family Health Strategy. It is a study oriented by the episteme of the qualitative nature, carried out in a municipality of medium population and with full coverage by the ESF. The theoretical and methodological framework of the D'Amour Interprofessional Collaboration Model (1997) subsidized the elaboration of the instrument scripts, the organization, analysis and interpretation of the data. The data base of the e-SUS Information System was used as empirical data; A likert scale elaborated by the authors and applied individually to the FHS professionals; And texts extracted from focus groups held with the teams. Considering the benchmark, the results showed that: the professionals of the macro team of the ESF perform their activities around common goals; Guide their conduct strongly guided by professional interests, irregularly having the customer as a central focus; There are opportunities for interaction of the team (s), but the spaces do not always assume this purpose, presenting difficulties for the members of the team to belong to the macro team; There is confidence in the team (s), although incipient; The (in) formal agreements derive from consensuses in the ESF with rules defined jointly. Infrastructure favors information sharing movements, however it is not used properly; There is the recognition of the presence of a leadership, however, with vertical positions, making it little shocking; There are moments of empowerment as well as spaces for discussion, but they need to be strengthened. These results indicate a level 2 of interprofessional collaboration in the ESF in the municipality studied, that is, an interprofessional collaboration in the teams of the ESF in development. Finally, the existence of challenges to be overcome is inferred, but the ESF has the potential to reach an active level of collaboration (level 3).
Linha de Pesquisa
Atenção e Gestão do cuidado em saúde
Ano Defesa
2016
Nucleadora
Instituição
UVA
UF
CE