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ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E PERSISTÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA
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Documento
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E PERSISTÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA
Autor(a)
ANTONIA AILA COELHO BARBOSA BRITO
Orientador(a)
Neiva Francenely Cunha Vieira
Palavras-chave
Doenças Sexualmente Transmissíveis. Pré-natal. Sífilis Congênita. Sistema de Informações de Agravos de Notificações.
Resumo
A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica e sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema Pallidum, também podendo ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação. Estima-se que 1,8 milhão de gestantes no mundo estejam infectadas pela sífilis e que menos de 10% sejam diagnosticadas e tratadas da forma correta. O pré-natal representa um momento bastante relevante para identificação deste agravo e, consequentemente, a realização do tratamento da mulher e do parceiro. Este estudo buscou, entre os objetivos, analisar a assistência pré-natal de gestantes com sífilis, identificando fatores de vulnerabilidade institucional que contribuíram para o nascimento de crianças com sífilis congênita. Tratou-se de um estudo transversal com abordagem descritiva em uma Secretaria Regional de Saúde do município de Fortaleza. Foram incluídas nesse estudo cem mães cujos filhos vivos foram notificados com sífilis e constavam no banco do SINAN. Foi realizado análise por meio do teste de Qui-quadrado, cujo nível de significância estatística foi de 5% (p<0,05). Os resultados apontam a média de idade de 26,6 anos, solteiras (57,0%), baixa escolaridade (39,0%), do lar (74,0%). Dentre as solteiras (p=0,007), a maioria não realizou o pré-natal (88,6% vs. 50,6%). Das que realizaram o pré-natal, 66% iniciaram no primeiro trimestre e 60% com seis ou mais consultas. 55,0% tiveram o diagnóstico da sífilis durante o pré-natal, 58,0% não iniciaram o tratamento e 45% dos parceiros não foram testados. Com relação às vulnerabilidades, 93,0% são de baixa renda, 40,0% são usuárias de álcool e “crack” e 19,0% sofriam violência doméstica. Houve diferenças estatisticamente significantes (p<0,001) entre as mães que fizeram e as que não fizeram o pré-natal na quantidade de três ou mais vulnerabilidades. Por fim, para que possa ocorrer redução nas taxas da sífilis congênita, faz-se necessário a adesão de 100% das gestantes ao pré-natal no primeiro trimestre e a realização de seis ou mais consultas, com busca ativa das faltosas, assim como observar as condições de vulnerabilidades e riscos a que são expostas.
Abstract
Syphilis is a systemic infectious disease and sexually transmitted Treponema Pallidum caused by bacteria and can also be transmitted from mother to child during pregnancy. An estimated 1.8 million pregnant women worldwide are infected with syphilis and that less than 10% are diagnosed and treated properly. Prenatal care is a very important moment for identification of this disease and thus the realization of women's treatment and partner. This study sought, between the objective, to analyze the prenatal care of pregnant women with syphilis, identifying factors of institutional vulnerability that contributed to the birth of children with congenital syphilis. This was a cross sectional study with descriptive approach in a Regional Health Secretary of the city of Fortaleza. Where included in this study one hundred mothers whose children live with syphilis were reported and contained in the SINAN database. Analysis was performed using the chi-square test with a level of statistical significance was 5% (p <0.05). The results show the average age of 26.6 years, single (57.0%), low education (39.0%), household (74.0%). Among the single women (p = 0.007), the majority did not perform prenatal care (88, 6% vs. 50.6%). Of those who underwent prenatal care, 66% started in the first quarter and 60% with 06 or more visits. 55.0% were diagnosed with syphilis during prenatal care, 58.0% did not start treatment and 45% of partners were not tested. Regarding vulnerability, 93.0% are low income, 40.0% "user of alcohol and “crack”" and 19.0% suffered domestic violence. Statistically significant differences (p <0.001) among mothers who did and did not do prenatal care in the amount of three or more vulnerabilities. Finally, for that to occur the reduction in the rates of congenital syphilis is necessary for accession by 100% of pregnant women to prenatal care in the first quarter and the completion of six or more consultations with active search for defaulting, as well as monitoring the conditions of vulnerabilities and risks to which they are exposed.
Linha de Pesquisa
Promoção da Saúde
Ano Defesa
2016
Nucleadora
Instituição
UFC