• ASSISTÊNCIA À SAÚDE BUCAL DA GESTANTE NO ESTADO DO MARANHÃO: DESAFIOS DA GESTÃO

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  • Inês Barros Pessoa
    O objetivo dessa pesquisa foi analisar a organização do serviço de assistência à saúde bucal da gestante no estado do Maranhão. Essa pesquisa faz parte do projeto Assistência à saúde bucal da gestante no estado do Maranhão: Desafios da gestão Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e exploratório, com dados primários e secundários dos municípios do Estado. Os dados primários foram coletados através de um formulário enviado de forma eletrônica a todos os responsáveis pela coordenação municipal das ações de saúde bucal do Maranhão, no período de maio a julho de 2022, totalizando 100 municípios respondentes. As variáveis coletadas através desse instrumento foram: existência do cargo de coordenador de saúde bucal; formação do coordenador de saúde bucal; setor responsável pela organização das ações; tipos de ações e serviços odontológicos ofertados à gestante na Atenção Primária à Saúde; existência de protocolos de atendimento à saúde bucal da gestante. As informações foram digitadas no software Microsoft Excel® e exportados para o Stata® 12.0 e permitiram o mapeamento do cenário da assistência à saúde bucal no Estado. Os dados secundários foram coletados do Sistema de Informação da Saúde da Atenção Básica (SISAB) e IBGE, totalizando 217 municípios, as variáveis coletadas foram: proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado, proporção de cobertura e número equipes de Saúde Bucal e de Estratégia de Saúde da Família e IDH-M. Os municípios analisados representam 1138 equipes de saúde bucal (65,78%), destas 1059 (61,21%) foram apontadas pelo gestor respondente que fazem o acompanhamento do pré-natal odontológico. Foi identificado que os coordenadores de saúde bucal dos municípios têm média de idade de 33,79 anos, sendo predominantemente do sexo masculino 62% (n=62). Destes, somente 16% (n=16) têm pós-graduação na área de saúde coletiva. Com relação à assistência à saúde bucal somente 32% (n=32) afirmaram que há determinações de protocolos clínicos para o atendimento odontológico à gestante na APS, 28% (n=28) dos municípios relataram que não possuem qualquer registro desse fluxo e que 46% (n=46) o fazem através de documento físico. Observou-se ainda que a série histórica mostra que a proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado no Maranhão teve uma discreta evolução de 2018 até o primeiro quadrimestre de 2021, porém houve um desempenho mais expressivo nos dois últimos quadrimestres de 2021. Outrossim, não houve correlação estatística entre a proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado e IDH-M, cobertura de eSB e tamanho populacional dos municípios. Os achados demonstram que houve um aumento na proporção de consultas odontológicas durante o pré-natal nos anos analisados. Os coordenadores de saúde bucal desses municípios têm pouca experiência no exercício da função. Observou-se ainda que não existem protocolos clínicos padronizados para o atendimento odontológico às gestantes, fazendo com que os profissionais atuem sem direcionamentos para condutas clínicas.
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Tipo de Documento

Dissertação

Curso

Mestrado

Título

ASSISTÊNCIA À SAÚDE BUCAL DA GESTANTE NO ESTADO DO MARANHÃO: DESAFIOS DA GESTÃO

Autor(a)

Inês Barros Pessoa

Orientador(a)

Judith Rafaelle Oliveira Pinho

Palavras-chave

Serviços de Saúde Bucal; Cuidado Pré-Natal; Gestão em Saúde.

Resumo

O objetivo dessa pesquisa foi analisar a organização do serviço de assistência à saúde bucal da gestante no estado do Maranhão. Essa pesquisa faz parte do projeto Assistência à saúde bucal da gestante no estado do Maranhão: Desafios da gestão Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e exploratório, com dados primários e
secundários dos municípios do Estado. Os dados primários foram coletados através de um formulário enviado de forma eletrônica a todos os responsáveis pela coordenação municipal das ações de saúde bucal do Maranhão, no período de maio a julho de 2022, totalizando 100 municípios respondentes. As variáveis coletadas
através desse instrumento foram: existência do cargo de coordenador de saúde bucal; formação do coordenador de saúde bucal; setor responsável pela organização das ações; tipos de ações e serviços odontológicos ofertados à gestante na Atenção
Primária à Saúde; existência de protocolos de atendimento à saúde bucal da gestante. As informações foram digitadas no software Microsoft Excel® e exportados para o Stata® 12.0 e permitiram o mapeamento do cenário da assistência à saúde bucal no
Estado. Os dados secundários foram coletados do Sistema de Informação da Saúde da Atenção Básica (SISAB) e IBGE, totalizando 217 municípios, as variáveis coletadas foram: proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado, proporção
de cobertura e número equipes de Saúde Bucal e de Estratégia de Saúde da Família e IDH-M. Os municípios analisados representam 1138 equipes de saúde bucal (65,78%), destas 1059 (61,21%) foram apontadas pelo gestor respondente que fazem o acompanhamento do pré-natal odontológico. Foi identificado que os coordenadores
de saúde bucal dos municípios têm média de idade de 33,79 anos, sendo predominantemente do sexo masculino 62% (n=62). Destes, somente 16% (n=16) têm pós-graduação na área de saúde coletiva. Com relação à assistência à saúde bucal somente 32% (n=32) afirmaram que há determinações de protocolos clínicos para o
atendimento odontológico à gestante na APS, 28% (n=28) dos municípios relataram que não possuem qualquer registro desse fluxo e que 46% (n=46) o fazem através de documento físico. Observou-se ainda que a série histórica mostra que a proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado no Maranhão teve uma discreta evolução de 2018 até o primeiro quadrimestre de 2021, porém houve um desempenho mais expressivo nos dois últimos quadrimestres de 2021. Outrossim, não houve correlação estatística entre a proporção de gestantes com atendimento odontológico
realizado e IDH-M, cobertura de eSB e tamanho populacional dos municípios. Os achados demonstram que houve um aumento na proporção de consultas odontológicas durante o pré-natal nos anos analisados. Os coordenadores de saúde bucal desses municípios têm pouca experiência no exercício da função. Observou-se
ainda que não existem protocolos clínicos padronizados para o atendimento odontológico às gestantes, fazendo com que os profissionais atuem sem direcionamentos para condutas clínicas.

Abstract

The objective of this research was to analyze the organization of the oral health care service for pregnant women in the state of Maranhão. This research is part of the project Oral health care for pregnant women in the state of Maranhão: management
challenges This is an ecological, descriptive and exploratory study, with primary and secondary data from the municipalities of the state. The primary data were collected through a form sent electronically to all those responsible for the municipal coordination
of oral health actions in Maranhão, in the period from May to July 2022, totaling 100 municipalities respondents. The variables collected through this instrument were: existence of the position of oral health coordinator; training of the oral health coordinator; sector responsible for the organization of actions; types of dental actions
and services offered to pregnant women in Primary Health Care; existence of protocols of care for the oral health of pregnant women. The information was entered into Microsoft Excel® software and exported to Stata® 12.0 and allowed the mapping of
the scenario of oral health care in the state. Secondary data were collected from the Primary Health Care Information System (SISAB) and IBGE, totaling 217 municipalities, the variables collected were: proportion of pregnant women with dental care performed, proportion of coverage and number of Oral Health teams and Family
Health Strategy and HDI. The analyzed municipalities represent 1138 oral health teams (65.78%), of which 1059 (61.21%) were indicated by the respondent manager that perform dental prenatal care. It was identified that the oral health coordinators of the municipalities have a mean age of 33.79 years, being predominantly male 62%
(n=62). Of these, only 16% (n=16) have a post-graduation in collective health. Regarding oral health care, only 32% (n=32) stated that there are clinical protocol determinations for dental care to pregnant women in PHC, 28% (n=28) of municipalities reported that they have no record of this flow and 46% (n=46) do it through a physical document. It was also observed that the historical series shows that
the proportion of pregnant women with dental care performed in Maranhão had a slight evolution from 2018 to the first four months of 2021, but there was a more expressive performance in the last two quarters of 2021. Furthermore, there was no statistical
correlation between the proportion of pregnant women with dental care performed and IDH-M, coverage of eSB, and population size of the municipalities. The findings show that there was an increase in the proportion of dental consultations during prenatal care in the years analyzed. The oral health coordinators in these municipalities have little experience in performing their function. It was also observed that there are no standardized clinical protocols for dental care to pregnant women, causing professionals to act without guidelines for clinical conducts.

Linha de Pesquisa

Atenção e Gestão do cuidado em saúde

Ano Defesa

2022

Nucleadora

Instituição

UFMA

UF

MA

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