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ORGANIZAÇÃO DAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS NA ATENÇÃO BÁSICA NO CEARÁ EM SUA DIMENSÃO POLÍTICA E GERENCIAL NOSSISTEMAS MUNICIPAIS DE SAÚDE
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Mirnis Aparecida Vieira de Macedo
As Equipes Multiprofissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde brasileira, tem como finalidade de complementar a rede de atenção e cuidados oferecidos pela Estratégia de Saúde da Família em seus devidos territórios de atuação. Tais equipes são compostas por profissionais da áreas da saúde como por exemplo, médico acupunturista, profissional de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, entre outros, permitindo, a partir do conhecimento específico destes profissionais, a construção conjunta de projetos terapêuticos que ampliem e qualifiquem as intervenções de grupos populacionais. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo analisar a organização das equipes multiprofissional no estado do Ceará, Brasil, com suporte na dimensão política e gerencial. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, com os gestores de saúde do estado do Ceará, Brasil, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário eletrônico composto por 6 questões abertas sobre a decisão de manter ou não as equipes, a organização das equipes, o impacto do previne nas equipes multiprofissionais, o gerenciamento das equipes, a repercussão das equipes na saúde da população, e os desafios da gestão nas equipes multiprofissionais e 14 questões fechadas que foram enviado para os participantes via e-mail. Dos 184 gestores de saúde municipais convidados, 80 deles aceitaram participar mediante aceitação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido enviado juntamente com o questionário a ser respondido. Os dados obtidos foram submetidos à uma análise de conteúdo, em uma aproximação da perspectiva crítico-reflexiva. Os resultados evidenciaram: o entendimento dos gestores municipais em manter as equipes, e as limitações a respeito das políticas e organizacionais das equipes multiprofissionais que atuam na área da saúde é um diferencial para seguir com melhorias para Atenção Primária à Saúde; os gestores consideram o financiamento como a maior barreira para o gerenciamento das Equipes Multiprofissionais visto que o atual financiamento da APS, o Previne Brasil não valoriza as equipes como também não contempla indicadores para estas equipes; a vigência de um modelo biomédico na cultura de profissionais, gestores e população; a necessidade de novas equipes com a extensão para territórios mais carentes; a necessidade de melhores condições de trabalho desde transporte, educação permanente e melhores salários para os profissionais das Equipes Multiprofissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde. A partir do exposto, foi possível considerar que este trabalho contribui para ampliação o leque de debates na área da gestão municipal, estadual e sobretudo federal, no que se refere ao financiamento e valorização do trabalho das Equipes Multiprofissionais da Atenção Básica de Saúde brasileira, buscando alcançar melhorias nas condições de trabalho, mostrando a necessidade de se repensar novos modelos de avaliação, novas políticas de financiamento, incentivos de valorização financeira para os municípios e novas práticas de educação permanente atrelado a melhores condições de trabalho.
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
ORGANIZAÇÃO DAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS NA ATENÇÃO BÁSICA NO CEARÁ EM SUA DIMENSÃO POLÍTICA E GERENCIAL NOSSISTEMAS MUNICIPAIS DE SAÚDE
Autor(a)
Mirnis Aparecida Vieira de Macedo
Orientador(a)
Ana Patrícia Pereira Morais
Palavras-chave
Atenção primária à saúde. Equipe de assistência ao paciente. Políticas, planejamento e administração em saúde. Modelos de assistência à saúde. Núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica.
Resumo
As Equipes Multiprofissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde brasileira, tem como finalidade de complementar a rede de atenção e cuidados oferecidos pela Estratégia de Saúde da Família em seus devidos territórios de atuação. Tais equipes são compostas por profissionais da áreas da saúde como por exemplo, médico acupunturista, profissional de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, entre outros, permitindo, a partir do conhecimento específico destes profissionais, a construção conjunta de projetos terapêuticos que ampliem e qualifiquem as intervenções de grupos populacionais. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo analisar a organização das equipes multiprofissional no estado do Ceará, Brasil, com suporte na dimensão política e gerencial. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, com os gestores de saúde do estado do Ceará, Brasil, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário eletrônico composto por 6 questões abertas sobre a decisão de manter ou não as equipes, a organização das equipes, o impacto do previne nas equipes multiprofissionais, o gerenciamento das equipes, a repercussão das equipes na saúde da população, e os desafios da gestão nas equipes multiprofissionais e 14 questões fechadas que foram enviado para os participantes via e-mail. Dos 184 gestores de saúde municipais convidados, 80 deles aceitaram participar mediante aceitação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido enviado juntamente com o questionário a ser respondido. Os dados obtidos foram submetidos à uma análise de conteúdo, em uma aproximação da perspectiva crítico-reflexiva. Os resultados evidenciaram: o entendimento dos gestores municipais em manter as equipes, e as limitações a respeito das políticas e organizacionais das equipes multiprofissionais que atuam na área da saúde é um diferencial para seguir com melhorias para Atenção Primária à Saúde; os gestores consideram o financiamento como a maior barreira para o gerenciamento das Equipes Multiprofissionais visto que o atual financiamento da APS, o Previne Brasil não valoriza as equipes como também não contempla indicadores para estas equipes; a vigência de um modelo biomédico na cultura de profissionais, gestores e população; a necessidade de novas equipes com a extensão para territórios mais carentes; a necessidade de melhores condições de trabalho desde transporte, educação permanente e melhores salários para os profissionais das Equipes Multiprofissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde. A partir do exposto, foi possível considerar que este trabalho contribui para ampliação o leque de debates na área da gestão municipal, estadual e sobretudo federal, no que se refere ao financiamento e valorização do trabalho das Equipes Multiprofissionais da Atenção Básica de Saúde brasileira, buscando alcançar melhorias nas condições de trabalho, mostrando a necessidade de se repensar novos modelos de avaliação, novas políticas de financiamento, incentivos de valorização financeira para os municípios e novas práticas de educação permanente atrelado a melhores condições de trabalho.
Abstract
The purpose of the Multiprofessional Teams that work in Primary Health Care in Brazil is to complement the network of attention and care offered by the Family Health Strategy in their respective areas of operation. Such teams are made up of health professionals, such as acupuncturists, physical education professionals,
pharmacists, physiotherapists, among others, allowing, based on the specific knowledge of these professionals, the joint construction of therapeutic projects that expand and qualify the interventions of population groups. Thus, the present study aimed to analyze the organization of multidisciplinary teams in the state of Ceará, Brazil, with support in the political and managerial dimension. To this end, a descriptive study, with a qualitative approach, was carried out with health managers in the state of Ceará, Brazil, using an electronic questionnaire as a data collection instrument consisting of 6 open questions about the decision to maintain or not the teams, the organization of teams, the impact of prevention on multidisciplinary teams, management of teams, the repercussion of teams on the health of the population, and the challenges of management in multidisciplinary teams and 14 closed questions that were sent to participants via e-mail. Of the 184 invited municipal health managers, 80 of them agreed to participate by accepting the Free and Informed Consent Form sent along with the questionnaire to be answered. The obtained data were submitted to a content analysis, in an approximation of the critical-reflexive perspective. The results showed: the understanding of municipal managers in maintaining the teams, and the limitations regarding the policies and organizational of the multidisciplinary teams that work in the health area is a differential to continue with improvements for Primary Health Care; managers consider funding as the biggest barrier to managing Multiprofessional Teams since the current funding of PHC, Previne Brasil does not value teams, nor does it include indicators for these teams; the validity of a biomedical model in the culture of professionals, managers and population; the need for new teams with the extension to more needy territories; the need for better working conditions from transportation, permanent education and better wages for the professionals of the Multiprofessional Teams that work in Primary Health Care. Based on the above, it was possible to consider that this work contributes to expanding the range of debates in the area of municipal, state and, above all, federal management, with regard to financing and valuing the work of the Brazilian Primary Health Care Multiprofessional Teams, seeking to achieve improvements in working conditions, showing the need to rethink new evaluation models, new financing policies, incentives for financial appreciation for municipalities and new permanent education practices linked to better working conditions.
Linha de Pesquisa
Atenção e Gestão do cuidado em saúde
Ano Defesa
2023
Nucleadora
Instituição
UECE
UF
CE