Élida Chaves de Carvalho Lima
O diagnóstico de diabetes desarmoniza a vida do indivíduo e da sua família, por ser uma doença que carrega significados simbólicos, podendo gerar dificuldade de adaptação emocional à doença. A pessoa com diabetes pode apresentar sentimentos como revolta, depressão, medo, culpa, baixa autoestima, insegurança e não aceitação, a partir do discernimento de que perde o controle sobre a própria vida,
assumindo novos hábitos de vida e mudando por completo uma rotina que já era consolidada. Diante do exposto, o estudo buscou compreender o significado das experiências emocionais de pessoas com Diabetes Mellitus do tipo 2. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem clínico-qualitativa. Participaram da pesquisa 13 pessoas com diagnóstico de Diabetes Mellitus do tipo 2, atendidas no Ambulatório de Endocrinologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. A coleta de dados foi por meio de uma entrevista semidirigida, gravada em áudio e transcrita literalmente. A amostra teve seu fechamento por saturação teórica, e a técnica para tratamento dos dados e análise de conteúdo seguiu os sete passos do método clínico-qualitativo. Após as análises emergiram três categorias e quatro
subcategorias: Sofrimento existencial, com as subcategorias – recusa da realidade, incerteza do amanhã, qualidade alterada de relacionamento conjugal e mudança nos hábitos de vida e dinâmica diária; Força superior no controle do adoecimento, e Doença como desafio. No percurso da experiência do viver com o diabetes do tipo 2 as pessoas buscam dar sentido e significado à sua condição. Os principais resultados
deste estudo mostraram que as experiências emocionais das pessoas com a enfermidade interferem na forma como elas se relacionam consigo mesmas e com as outras pessoas, admitindo a doença como algo difícil e limitante que muitas vezes tira os prazeres da vida.
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