JOSÉ SATURNINO DA SILVA
O pré-natal odontológico (PNO) na estratégia saúde da família (ESF) tem como marco inicial para sua instituição as diretrizes da política nacional de saúde bucal publicada em 2004, que estimulou a ampliação dos serviços odontológicos para as gestantes. O pré-natal odontológico nos municípios brasileiros tem enfrentado inúmeras barreiras para sua consolidação. A cobertura desse serviço ainda é considerada baixa, sendo que, os cirurgiões-dentistas tem dificuldade em estar inseridos nas equipes que prestam assistência às gestantes, realizando os atendimentos de forma isolada, com foco para ações curativas. Este trabalho tem como objetivo conhecer como os cirurgiões-dentistas da estratégia saúde da família (ESF) do município de Parnamirim/RN tem realizado o pré-natal odontológico. Estudo de cunho quantitativo, descritivo com delineamento transversal, realizado com 36 cirurgiões-dentistas. Os dados foram coletados a partir de um questionário semiestruturado, elaborado pelo pesquisador e norteado pela literatura vigente, utilizando uma escala do tipo Likert, com o objetivo de questionar os cirurgiões-dentistas sobre concepções, condutas e processos de trabalho durante a realização do pré-natal odontológico dentro da ESF. Para tabulação e análise foi utilizado o programa Microsoft Excel com apoio do software livre R Studio. Verificou-se que 86% dos participantes realizam atendimento odontológico para as gestantes, 39% deles contemplam de forma eventual tanto ações individuais quanto coletivas em sua prática. Para 44% dos entrevistados, as ações educativas são realizadas em maior frequência que as ações curativas, 75%, não realizam visitas domiciliares às puérperas, sendo que, 50% não participam dos grupos de gestantes. Conclui-se que é necessário potencializar o uso de ferramentas ou estratégias para aumentar a adesão das gestantes ao PNO, há necessidade de equilíbrio entre as ações realizadas, sejam elas, coletivas, individuais, curativas ou preventivas. Práticas que envolvem principalmente o planejamento interprofissional e atuações conjuntas, como por exemplo, os grupos de gestantes, consultas compartilhadas e visitas domiciliares puerperais não estão consolidadas na rotina dos cirurgiões-dentistas da ESF do município. A educação permanente/continuada envolvendo a temática precisa ser incluída no calendário dos profissionais, no entanto, vem sendo dada pouca ou nenhuma valorização pela gestão.
O pré-natal odontológico (PNO) na estratégia saúde da família (ESF) tem como marco inicial para sua instituição as diretrizes da política nacional de saúde bucal publicada em 2004, que estimulou a ampliação dos serviços odontológicos para as gestantes. O pré-natal odontológico nos municípios brasileiros tem enfrentado inúmeras barreiras para sua consolidação. A cobertura desse serviço ainda é considerada baixa, sendo que, os cirurgiões-dentistas tem dificuldade em estar inseridos nas equipes que prestam assistência às gestantes, realizando os atendimentos de forma isolada, com foco para ações curativas. Este trabalho tem como objetivo conhecer como os cirurgiões-dentistas da estratégia saúde da família (ESF) do município de Parnamirim/RN tem realizado o pré-natal odontológico. Estudo de cunho quantitativo, descritivo com delineamento transversal, realizado com 36 cirurgiões-dentistas. Os dados foram coletados a partir de um questionário semiestruturado, elaborado pelo pesquisador e norteado pela literatura vigente, utilizando uma escala do tipo Likert, com o objetivo de questionar os cirurgiões-dentistas sobre concepções, condutas e processos de trabalho durante a realização do pré-natal odontológico dentro da ESF. Para tabulação e análise foi utilizado o programa Microsoft Excel com apoio do software livre R Studio. Verificou-se que 86% dos participantes realizam atendimento odontológico para as gestantes, 39% deles contemplam de forma eventual tanto ações individuais quanto coletivas em sua prática. Para 44% dos entrevistados, as ações educativas são realizadas em maior frequência que as ações curativas, 75%, não realizam visitas domiciliares às puérperas, sendo que, 50% não participam dos grupos de gestantes. Conclui-se que é necessário potencializar o uso de ferramentas ou estratégias para aumentar a adesão das gestantes ao PNO, há necessidade de equilíbrio entre as ações realizadas, sejam elas, coletivas, individuais, curativas ou preventivas. Práticas que envolvem principalmente o planejamento interprofissional e atuações conjuntas, como por exemplo, os grupos de gestantes, consultas compartilhadas e visitas domiciliares puerperais não estão consolidadas na rotina dos cirurgiões-dentistas da ESF do município. A educação permanente/continuada envolvendo a temática precisa ser incluída no calendário dos profissionais, no entanto, vem sendo dada pouca ou nenhuma valorização pela gestão.
Abstract
The dental prenatal care (PNO) in the family health strategy (ESF) has as its initial milestone for its institution the guidelines of the national oral health policy published in 2004, which encouraged the expansion of dental services for pregnant women. Prenatal dental care in Brazilian municipalities has faced numerous barriers to its consolidation. The coverage of this service is still considered low, and dentists find it
difficult to be included in the teams that provide care to pregnant women, performing the care in isolation, focusing on curative actions. This work aims to know how the dentists of the family health strategy (ESF) of the city of Parnamirim/RN have performed the dental prenatal care. This is a quantitative and descriptive study with a cross-sectional design, carried out with 36 dentists. The data were collected from a semi-structured questionnaire, prepared by the researcher and guided by the current
literature, using a Likert scale, with the objective of questioning the dental surgeons about conceptions, behaviors and work processes during the dental prenatal care within the ESF. The Microsoft Excel program was used for tabulation and analysis, with the support of the free software R Studio. It was found that 86% of the participants perform dental care to pregnant women, 39% of them eventually contemplate both individual and collective actions in their practice. For 44% of the interviewees, the educational actions are performed more frequently than the curative actions; 75% do not perform home visits to puerperal women, and 50% do not participate in groups for pregnant women. It is concluded that it is necessary to enhance the use of tools or strategies to increase the adherence of pregnant women
to the PNO, there is a need for balance between the actions performed, whether collective, individual, curative or preventive. Practices that mainly involve interprofessional planning and joint actions, such as groups for pregnant women, shared consultations, and puerperal home visits are not consolidated in the routine of the dental surgeons of the municipality’s ESF. The permanent/continuing education involving the theme needs to be included in the professionals’ calendar, however, it has been given little or no value by the management.
