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PRÁTICA COLABORATIVA NAS RESIDÊNCIAS MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE
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Documento
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2019_UVA_Dissertação_Ana Cláudia Barroso Cavalcante Paiva
A complexidade do trabalho em saúde requer intervenção de diversas categorias profissionais, que atuam num campo comum onde se estabelece relações sociais e pessoais que refletem nos resultados do cuidado em saúde e na efetividade dos processos interprofissionais de trabalho. As Residências Multiprofissionais em Saúde tendem a ser terreno fértil no campo da formação em saúde como resposta a esta necessidade, pois oferecem uma formação contextualizada no serviço, a partir da problematização das práticas e da atuação em equipe, considerando a complementariedade de posturas e condutas sob múltiplos olhares. Este estudo objetiva analisar as contribuições dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde ofertados pela Escola de Saúde Pública Visconde de Saboia para uma prática colaborativa no trabalho em saúde. Trata-se de um estudo de epistem qualitativa, cujo referencial teóricometodológico foi o Modelo de Colaboração Interprofissional de D’Amour (2008). O estudo foi desenvolvido no ano de 2019, sendo a coleta de informações realizada nos meses de junho e julho. Participaram da pesquisa as Residências Multiprofissionais em Saúde da Família e Saúde Mental localizadas no município de Sobral, Ceará. A coleta se deu mediante análise dos documentos institucionais dos cursos de residências e grupos focais com os residentes do segundo ano. A análise de informações ocorreu através da sistematização da matriz de prática colaborativa, concernente ao referencial. Estudo realizado após aprovação do comitê de ética, salvaguardando a autonomia dos participantes. Os resultados evidenciaram nas duas Residências um nível máximo de colaboração no indicador suporte para inovação e nível em desenvolvimento para objetivos e orientação centrada no usuário versus outras orientações. Houve diferenças entre os dois programas, sendo que a Residência Multiprofissional em Saúde da Família exibiu nível máximo de colaboração e a de Saúde Mental nível em desenvolvimento para os indicadores orientação centrada no usuário, convivência mútua confiança, ferramentas de formalização, troca de informação, liderança e conectividade. Esses resultados declaram que os programas de Residências se encontram em níveis diferentes de colaboração interprofissional. Os resultados indicam ser possível alcançar, o nível máximo (ativo) de colaboração interprofissional, nas residências estudadas. Outrossim, ainda há barreiras de cunho estrutural e pedagógico a serem suplantados para a melhoria do trabalho em equipe.
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
PRÁTICA COLABORATIVA NAS RESIDÊNCIAS MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE
Autor(a)
Ana Cláudia Barroso Cavalcante Paiva
Orientador(a)
Maria Socorro de Araújo Dias
Palavras-chave
Relações interprofissionais; Equipe Multiprofissional; Comportamento cooperativo.
Resumo
A complexidade do trabalho em saúde requer intervenção de diversas categorias profissionais, que atuam num campo comum onde se estabelece relações sociais e pessoais que refletem nos resultados do cuidado em saúde e na efetividade dos processos interprofissionais de trabalho. As Residências Multiprofissionais em Saúde tendem a ser terreno fértil no campo da formação em saúde como resposta a esta necessidade, pois oferecem uma formação contextualizada no serviço, a partir da problematização das práticas e da atuação em equipe, considerando a complementariedade de posturas e condutas sob múltiplos olhares. Este estudo objetiva analisar as contribuições dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde ofertados pela Escola de Saúde Pública Visconde de Saboia para uma prática colaborativa no trabalho em saúde. Trata-se de um estudo de epistem qualitativa, cujo referencial teóricometodológico foi o Modelo de Colaboração Interprofissional de D’Amour (2008). O estudo foi desenvolvido no ano de 2019, sendo a coleta de informações realizada nos meses de junho e julho. Participaram da pesquisa as Residências Multiprofissionais em Saúde da Família e Saúde Mental localizadas no município de Sobral, Ceará. A coleta se deu mediante análise dos documentos institucionais dos cursos de residências e grupos focais com os residentes do segundo ano. A análise de informações ocorreu através da sistematização da matriz de prática colaborativa, concernente ao referencial. Estudo realizado após aprovação do comitê de ética, salvaguardando a autonomia dos participantes. Os resultados evidenciaram nas duas Residências um nível máximo de colaboração no indicador suporte para inovação e nível em desenvolvimento para objetivos e orientação centrada no usuário versus outras orientações. Houve diferenças entre os dois programas, sendo que a Residência Multiprofissional em Saúde da Família exibiu nível máximo de colaboração e a de Saúde Mental nível em desenvolvimento para os indicadores orientação centrada no usuário, convivência mútua confiança, ferramentas de formalização, troca de informação, liderança e conectividade. Esses resultados declaram que os programas de Residências se encontram em níveis diferentes de colaboração interprofissional. Os resultados indicam ser possível alcançar, o nível máximo (ativo) de colaboração interprofissional, nas residências estudadas. Outrossim, ainda há barreiras de cunho estrutural e pedagógico a serem suplantados para a melhoria do trabalho em equipe.
Abstract
The complexity of health work requires the intervention of several professional categories, who work in a common field where social and personalrelationships are established that reflectonhealth care results and the effectiveness of interprofessional work processes. Multiprofessional Health Residencies tend to be fertile ground in the field of health education as an answer to this need, as they offer contextualized training in the service, based on the problematization of practices and team work, considering the complementarity of attitudes and behaviors under multiple looks. This study aims to analyze the contributions of the Multiprofessional Health Residency Programs offered by the Visconde de Saboia School of Public Health to a collaborative practice in health work. This is a qualitative epistemic study, whose theoretical-methodological framework was the D’Amour (2008) Interprofessional Collaboration Model. The study was developed in the year 2019, with the collection of information carried out in the months of June and July. Multiprofessional Residencies in Family Health and Mental Health located in the city of Sobral, Ceará, participated in the research. The collection took place by analyzing the institutional documents of the residency and focus groups courses with second-year residents. The analysis of information occurred through the systematization of the collaborative practice matrix, collaborative practice matrix, concerning the referential. Study carried out after approval by the ethics committee, safeguarding the autonomy of the participants. The results showed in both Residences a maximum level of collaboration in the indicator support for innovation and level in development for objectives and guidance centered on the user versus other orientations. There were differences between the two programs, with the Multiprofessional Residence in Family Health exhibiting maximum level of collaboration and the Mental Health level being developed for the indicators user-centered guidance, mutual coexistence, trust, formalization tools, information exchange, leadership and connectivity. These results declare that the Residency programs are at different levels of interprofessional collaboration. The results indicate that it is possible to reach the maximum (active) level of interprofessional collaboration in the studied homes. Furthermore, there are still structural and pedagogical barriers to be overcome to improve teamwork.
Linha de Pesquisa
Educação na Saúde
Ano Defesa
2019
Nucleadora
Instituição
UVA
UF
CE