• O CUIDADO COMPARTILHADO AO RECÉM-NASCIDO DE RISCO: PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

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  • 2019_UFRN_Dissertação_Niedja Karoline de Souza Andrade
    A mortalidade infantil ainda se apresenta como grave problema de saúde pública no contexto nacional e internacional, de forma especial quando se trata do componente neonatal. Apesar das inúmeras estratégias já elaboradas para o enfrentamento do elevado número de óbitos infantis, ainda existe a necessidade de esforços contínuos no sentido de ofertar o cuidado integral e qualificado ao recém-nascido. O objetivo do estudo foi o de analisar o cuidado compartilhado aos recém-nascidos de risco na percepção dos profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo exploratório, do tipo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em cidade metropolitana do Nordeste brasileiro. Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram os profissionais das Unidades de Saúde da Família que realizam o cuidado do recém-nascido, abrangendo um total de 39. Realizou-se entrevista com questões abertas e fechadas, cujos dados foram sistematizados a partir da análise de conteúdo, na modalidade temática. Os resultados encontrados demonstram que o cuidado entre as equipes de maternidade e de saúde da família ocorrem de forma fragmentada, não havendo compartilhamento de ações. O seguimento dessas crianças pela Estratégia Saúde da Família ocorre de forma fragilizada, pois os profissionais apresentam dificuldades em compreender as particularidades dessas crianças, comprometendo a forma de ofertar a atenção. Os desafios incluem a falta de capacitação dos profissionais sobre a atenção ao recém-nascido de risco atrelado à carência de atividades de educação permanente em saúde. São destacados a ausência de protocolos de referência e contrarreferência, como também a não utilização do Prontuário Eletrônico do Cidadão, referidos como possíveis estratégias de contribuição para integração entre os serviços. A desarticulação do cuidado entre os pontos da rede de saúde compromete a qualidade da atenção ofertada aos recém-nascidos de risco tornando-se necessário reorganizar as práticas de forma a atender as necessidades e peculiaridades dessas crianças incluindo o trabalho interprofissional e colaborativo. Existe a necessidade de implementar mecanismos que favoreçam a articulação e comunicação entre os níveis de assistência buscando integrar os serviços.
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Tipo de Documento

Dissertação

Curso

Mestrado

Título

O CUIDADO COMPARTILHADO AO RECÉM-NASCIDO DE RISCO: PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Autor(a)

Niedja Karoline de Souza Andrade

Orientador(a)

Profª Drª Nadja de Sá Pinto Dantas Rocha

Palavras-chave

Alta do paciente. Recém-nascido. Atenção primária à saúde. Assistência Integral à Saúde. Saúde da criança.

Resumo

A mortalidade infantil ainda se apresenta como grave problema de saúde pública no contexto nacional e internacional, de forma especial quando se trata do componente neonatal. Apesar das inúmeras estratégias já elaboradas para o enfrentamento do elevado número de óbitos infantis, ainda existe a necessidade de esforços contínuos no sentido de ofertar o cuidado integral e qualificado ao recém-nascido. O objetivo do estudo foi o de analisar o cuidado compartilhado aos recém-nascidos de risco na percepção dos profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo exploratório, do tipo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em cidade metropolitana do Nordeste brasileiro. Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram os profissionais das Unidades de Saúde da Família que realizam o cuidado do recém-nascido, abrangendo um total de 39. Realizou-se entrevista com questões abertas e fechadas, cujos dados foram sistematizados a partir da análise de conteúdo, na modalidade temática. Os resultados encontrados demonstram que o cuidado entre as equipes de maternidade e de saúde da família ocorrem de forma fragmentada, não havendo compartilhamento de ações. O seguimento dessas crianças pela Estratégia Saúde da Família ocorre de forma fragilizada, pois os profissionais apresentam dificuldades em compreender as particularidades dessas crianças, comprometendo a forma de ofertar a atenção. Os desafios incluem a falta de capacitação dos profissionais sobre a atenção ao recém-nascido de risco atrelado à carência de atividades de educação permanente em saúde. São destacados a ausência de protocolos de referência e contrarreferência, como também a não utilização do Prontuário Eletrônico do Cidadão, referidos como possíveis estratégias de contribuição para integração entre os serviços. A desarticulação do cuidado entre os pontos da rede de saúde compromete a qualidade da atenção ofertada aos recém-nascidos de risco tornando-se necessário reorganizar as práticas de forma a atender as necessidades e peculiaridades dessas crianças incluindo o trabalho interprofissional e colaborativo. Existe a necessidade de implementar mecanismos que favoreçam a articulação e comunicação entre os níveis de assistência buscando integrar os serviços.

Abstract

Child mortality still presents itself as a serious public health problem in the national and international context, especially when it comes to the neonatal component. Despite the innumerable strategies already elaborated to face the high number of infant deaths, there is still a need for continuous efforts to offer comprehensive and qualified care to the newborn. The objective of the study was to analyze the shared care of newborns at risk in the perception of health professionals in the Family Health Strategy. This is an exploratory, descriptive study with a qualitative approach, carried out in a metropolitan city in the Northeast of Brazil. The subjects involved in the research were professionals from the Family Health Units who provide care for the newborn, covering a total of 39. An interview was conducted with open and closed questions, whose data were systematized based on content analysis, in the thematic modality. The results found demonstrate that the care between the maternity and family health teams occurs in a fragmented way, with no sharing of actions. The follow-up of these children by the Family Health Strategy occurs in a fragile way, as professionals have difficulties in understanding the particularities of these children, compromising the way of offering care. The challenges include the lack of training of professionals on care for newborns at risk linked to the lack of permanent health education activities. The absence of reference and counter-reference protocols is highlighted, as well as the non-use of the Citizen's Electronic Health Record, referred to as possible contribution strategies for integration between services. The disarticulation of care between points in the health network compromises the quality of care offered to newborns at risk, making it necessary to reorganize practices in order to meet the needs and peculiarities of these children, including interprofessional and collaborative work. There is a need to implement mechanisms that favor articulation and communication between levels of assistance seeking to integrate services.

Linha de Pesquisa

Atenção e Gestão do cuidado em saúde

Ano Defesa

2019

Nucleadora

Instituição

UFRN

UF

RN

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