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MUITO ALÉM DA BARBA, CABELO E BIGODE: O PENSAR E O AGIR DE HOMENS FRENTE AOS CUIDADOS COM A SAÚDE
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Documento
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2019_UVA_Dissertação_Jâina Carolina Meneses Calçada
É perceptível a resistência que os homens possuem quanto aos cuidados com a saúde. Os modelos de masculinidade estabelecidos e a maneira como se dá a socialização masculina podem ser os responsáveis por fragilizar ou mesmo afastar os homens das preocupações com o autocuidado e a busca dos serviços de saúde. A compreensão das singularidades masculinas pode proporcionar ganhos tanto para a saúde do homem, como para os serviços de saúde. Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender o sentido de cuidados à saúde atribuído pelos homens, e específicos: entender o que os homens pensam sobre cuidados à saúde; conhecer os motivos que levam a pouca procura dos homens aos serviços de saúde; compreender como o homem se sente dentro do estabelecimento de saúde; e desenvolver atividade educativa para produção de conhecimento nos homens sobre os cuidados com a saúde. Tratou-se de uma pesquisa-ação, descritiva, com abordagem qualitativa, que teve como recorte espacial o município de Cajueiro da Praia, localizado no Estado do Piauí. A pesquisa foi realizada na área da Estratégia Saúde da Família de Árvore Verde, zona rural do município, com homens de 25 a 59 anos, residentes e cadastrados na área supracitada e que não procuraram a Unidade Básica de Saúde do seu território no ano de 2018. Os dados foram produzidos por meio de entrevista semiestruturada e possibilitaram a realização de atividade educativa com os homens. A análise dos dados se deu pela transcrição na íntegra das respostas e sua organização em categorias. Os resultados encontrados demonstraram que o homem, no que concerne aos cuidados com a saúde, tem uma postura muito peculiar. O estereótipo masculino e a cultura de invulnerabilidade ainda criam resistência à adoção de práticas de autocuidado. Logo, faz-se necessária a responsabilização dos homens para as práticas individuais de cuidado e uma transformação de práticas, com o intuito de desconstruir estereótipos e fortalecer a adoção de ações para a promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos na saúde do homem.
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
MUITO ALÉM DA BARBA, CABELO E BIGODE: O PENSAR E O AGIR DE HOMENS FRENTE AOS CUIDADOS COM A SAÚDE
Autor(a)
Jâina Carolina Meneses Calçada
Orientador(a)
Ivaldinete de Araújo Delmiro Gémes
Palavras-chave
Autocuidado; Estratégia Saúde da Família; Saúde do Homem.
Resumo
É perceptível a resistência que os homens possuem quanto aos cuidados com a saúde. Os modelos de masculinidade estabelecidos e a maneira como se dá a socialização masculina podem ser os responsáveis por fragilizar ou mesmo afastar os homens das preocupações com o autocuidado e a busca dos serviços de saúde. A compreensão das singularidades masculinas pode proporcionar ganhos tanto para a saúde do homem, como para os serviços de saúde. Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender o sentido de cuidados à saúde atribuído pelos homens, e específicos: entender o que os homens pensam sobre cuidados à saúde; conhecer os motivos que levam a pouca procura dos homens aos serviços de saúde; compreender como o homem se sente dentro do estabelecimento de saúde; e desenvolver atividade educativa para produção de conhecimento nos homens sobre os cuidados com a saúde. Tratou-se de uma pesquisa-ação, descritiva, com abordagem qualitativa, que teve como recorte espacial o município de Cajueiro da Praia, localizado no Estado do Piauí. A pesquisa foi realizada na área da Estratégia Saúde da Família de Árvore Verde, zona rural do município, com homens de 25 a 59 anos, residentes e cadastrados na área supracitada e que não procuraram a Unidade Básica de Saúde do seu território no ano de 2018. Os dados foram produzidos por meio de entrevista semiestruturada e possibilitaram a realização de atividade educativa com os homens. A análise dos dados se deu pela transcrição na íntegra das respostas e sua organização em categorias. Os resultados encontrados demonstraram que o homem, no que concerne aos cuidados com a saúde, tem uma postura muito peculiar. O estereótipo masculino e a cultura de invulnerabilidade ainda criam resistência à adoção de práticas de autocuidado. Logo, faz-se necessária a responsabilização dos homens para as práticas individuais de cuidado e uma transformação de práticas, com o intuito de desconstruir estereótipos e fortalecer a adoção de ações para a promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos na saúde do homem.
Abstract
Men's resistance to health care is perceptible. The models of established masculinity and how male socialization takes place may be responsible for weakening or even alienating men from concerns about self-care and the pursuit of health services. Understanding male singularities can provide gains for both men's health and health services. This research had a general objective to understand the sense of health care attributed by men. Research’ specific goals were to understand what men think about health care. We search to know the reasons for men's low demand for health services and to know how the man feels inside the health facility. Besides, we developed an educational activity for the production of knowledge in men about health care. It was action research, descriptive, with a qualitative approach, that had as spatial cut the municipality of Cajueiro da Praia, located in the State of Piauí. The study was carried out in the area of the Árvore Verde, Family Health Strategy Unity, in the rural area of the municipality. We studied men aged between 25 and 59 years old, resident, and registered in the aforementioned area who did not seek the Basic Health Unit in the year 2018. The data were produced through a semistructured interview and enabled the accomplishment of educational activity with men. We performed the data analysis through the full transcription of the answers and their organization into categories. The results showed that the man, concerning health care, has a very peculiar posture. The male stereotype and the culture of invulnerability still create resistance to the adoption of self-care practices. Therefore, it is necessary to make men responsible for individual practices of care and a transformation of methods to deconstruct stereotypes. We need to strengthen the adoption of actions for the promotion of health and prevention of diseases and diseases in human health.
Linha de Pesquisa
Atenção e Gestão do cuidado em saúde
Ano Defesa
2019
Nucleadora
Instituição
UVA
UF
CE