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MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO ACOMPANHAMENTO DA TUBERCULOSE
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Documento
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO ACOMPANHAMENTO DA TUBERCULOSE
Autor(a)
ADRIANA SÁVIA DE SOUZA ARAÚJO
Orientador(a)
Ana Roberta Vilarouca da Silva
Palavras-chave
Tuberculose. Exposição a agentes biológicos. Enfermagem. Conhecimentos, atitudes e práticas em saúde.
Resumo
A tuberculose (TB), pelas graves implicações sociais que acarreta, constitui-se em um grave problema de saúde pública e pode estar relacionada ao trabalho. A vulnerabilidade ao adoecimento está relacionada ao conhecimento sobre a doença, às medidas de prevenção e de biossegurança, diagnóstico e transmissão da doença. A TB é sensível à ação dos profissionais, portanto estes devem estar qualificados para fazer o atendimento e acompanhamento dos doentes, adotando um comportamento seguro sem comprometer a sua saúde. Entretanto, existe uma lacuna no conhecimento em relação à biossegurança dos profissionais da estratégia saúde da família (ESF), fato que justifica a pesquisa. Assim, objetivou-se analisar o conhecimento, atitude e prática dos profissionais de enfermagem relacionados com as medidas de biossegurança da TB na ESF. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa do tipo transversal, desenvolvido com 158 profissionais de enfermagem da ESF de Teresina- Piauí. A coleta de dados aconteceu de janeiro a abril de 2016, por meio de questionário adaptado do modelo de inquérito CAP-TB (Conhecimento, Atitudes e Práticas – Tuberculose). Os dados foram digitados e analisados com o uso do SPSS, versão 21, e do software estatístico livre R, versão 3.3.1. A associação entre as variáveis e de igualdade entre proporções foram testadas através do teste qui-quadrado de Pearson com nível de significância (p<0,05). A força das associações entre as variáveis foi aferida pela razão de prevalência (RP) e intervalos de confiança (IC=95%). Predominou a faixa etária de 31- 40 anos (33,5%) e o sexo feminino (93,7%), sendo 83 (52,5%) enfermeiros; 81 (51,9%) referiram a participação em capacitação para TB e 65 (41,1%) tinham mais de 10 anos de experiência na ESF. O conhecimento relacionado à biossegurança para TB foi inadequado. A análise da associação entre conhecimento, atitude e prática adequada dos profissionais de enfermagem da ESF demonstrou que, o profissional que não tem conhecimento adequado está mais propenso a adotar práticas inadequadas porém, não houve diferença significativa entre os que foram classificados com atitudes adequadas, de se referir a práticas adequadas. A indisponibilidade da máscara, porque ninguém adota, a falta de orientação, a falta de cobrança, para não causar constrangimento ao paciente, porque a máscara é desconfortável ou inapropriada, foram atribuídos como motivos para não adesão às medidas de biossegurança. Diante do exposto, com vistas à redução da exposição dos profissionais aos riscos oriundos da sua atividade laboral, é imprescindível reforçar, através de educação permanente e continuada, a importância da biossegurança para a garantia de práticas seguras no ambiente de trabalho que protejam a si mesmos e aos pacientes.
Abstract
Tuberculosis (TB), due to major social complications it causes, is a serious public health problem and can be related to work. The vulnerability to the disease is proportional to the knowledge about it, to preventive and biosafety measures, diagnosis and its transmission. TB is sensitive to the action of professionals, so they must be qualified to provide bearers of the disease with proper care and monitoring, adopting safe behavior without compromising their own health. However, there is a knowledge gap when it comes to biosafety of the Family Health Strategy (FHS) professionals, which justifies this study. Thus, this study aims to analyze the knowledge, the attitude and practices of nursing professionals towards TB biosafety measures in the FHS. This is a descriptive and exploratory study, with quantitative cross-sectional approach, developed with 158 nursing professionals from the FHS in Teresina-Piauí (BR). The data were collected between January and April – 2016, by means of a questionnaire adapted from the CAP-TB (Knowledge, Attitudes and Practices – Tuberculosis) survey model. The data were organized and analyzed through the SPSS 21 software and the free statistical software R 3.3.1. They were then transformed into frequency charts. The association of the variables of equality between proportions were tested by using the Pearson’s chi-square test, with level of significance (p<0.05). The strength of the associations between the variables was measured by the prevalence ratio (PR) and confidence intervals (CI=95%). The age group between 31 and 40 years old (33.5%) and females(93.7%) were predominant. Out of the total, 83 (52.5%) were nurses; 81 51.9%) claimed to be attending a training course on TB and 65 (41.1%) had more than 10 years of experience in the FHS. The knowledge related to biosafety for TB showed to be inadequate. The analysis of the association among knowledge, attitude and appropriate practice showed that the professionals who lack proper knowledge are more likely to adopt improper practices. However, there was no significant difference from those who have suitable attitude as to referring to correct practices. The unavailability of a surgical mask, why nobody uses it, the lack of guidance and holding to it, either because it may embarrass the patient or because the mask is uncomfortable are some of the excuses given so as to not adhere to the biosafety measures. Based on the above considerations, aiming to reduce the exposition of professionals to the risks inherent to their activities, it is paramount to reinforce, through constant and continued training, the importance of biosafety in the work environment in order to ensure safe practices for both the professionals and their patients.
Linha de Pesquisa
Promoção da Saúde
Ano Defesa
2016
Nucleadora
Instituição
UFPI
UF
PI