-
EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO PARA SAÚDE COLETIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA COM METASSÍNTESE
- Voltar
Documento
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO PARA SAÚDE COLETIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA COM METASSÍNTESE
Autor(a)
Otávia Cassimiro Aragão
Orientador(a)
Maria Socorro de Araújo Dias
Palavras-chave
Educação Interprofissional; Profissionais da Saúde; Saúde Coletiva.
Resumo
A Saúde Coletiva, em seus debates sobre a integralidade, evidenciou fragilidades na formação monoprofissional, que repercutem na desagregação das práticas assistenciais, negando a importância do trabalho colaborativo e compartilhado. A formação dos profissionais precisa capacitar para um campo amplo, que envolve um conjunto de práticas, ideologias, políticas e economias próprias e que contribui para os avanços do sistema de saúde brasileiro. Como alternativa ao modelo tradicional de formação surge a Educação Interprofissional (EIP). Esta pesquisa analisou evidências científicas da EIP na formação de profissionais para Saúde Coletiva. Trata-se de um estudo bibliográfico, do tipo revisão sistemática, por Sandelowski e Barroso (2003), delineamento do método PRISMA e do AMSTAR 2. Os 40 estudos foram selecionados através dos critérios de inclusão com modelagem de metassíntese. Nesta, elegeu-se as etapas do Cochrane Centre e o fluxo com avaliação CASP. Os resultados evidenciam alterações curriculares, engajamento do corpo docente, metodologias ativas, interações Ensino-Serviço e Atenção à Saúde orientada para o paciente e família, estrutura física compartimentada das instituições formadoras, despreparo da docência; modelos de atenção que mescla visões tradicionais e contemporâneas do fazer/agir em saúde. Para uma EIP sustentável na formação para a Saúde Coletiva, os projetos políticos pedagógicos dos cursos correlatos devem apresentar consistência de EIP e sua plena implementação no currículo vivo. É preciso promover a integração entre os diferentes cursos da área da saúde, desenvolvendo competências orientadas pela EIP, entre as várias categorias profissionais, organizando-as em torno de um objetivo comum, a fim de que, trabalhando colaborativamente, qualifiquem e otimizem os resultados em saúde. Intervenções a longo prazo são imperiosas para amparar este complexo conjunto de mudanças, por isso, há a necessidade de estruturas organizacionais, de gestão e pedagógicas que reconheçam o valor e apoiem tais inovações. Entende-se que os resultados desta metassíntese podem colaborar para o enfrentamento de resistências às transformações das práticas em saúde orientadas pela EIP. A coletânea de estratégias e instrumentos metodológicos demonstrados neste estudo pode se constituir em uma referência potente para o desenvolvimento de novos processos formativos e práticas orientadas pela EIP e assim contribuir no campo da Saúde Coletiva. Estudos adicionais exploratórios e longitudinais, com métodos quantitativos, também são incentivados, como necessários a descoberta de inovações nessa área. Ademais, avaliações de impacto a longo prazo em relação a aprendizagem e aos benefícios dos cuidados de saúde a partir de práticas colaborativas orientadas pela EIP, são indicados.
Abstract
The Collective Health, in its debates on comprehensiveness, showed weaknesses in uniprofessional training, which impact on the breakdown of care practices, denying the importance of collaborative and shared work. The training of professionals needs to qualify for a broad field, which involves a set of practices, ideologies, policies and own economies and that contributes to the advances of the Brazilian health system. As an alternative to the traditional training model comes Interprofessional Education (IPE). This research analyzed scientific evidence of IPE in the training of professionals for public health. This is a systematic literature review by Sandelowski and Barroso (2003), outlining the PRISMA method and AMSTAR 2. The 40 studies were selected using inclusion criteria with metasynthesis modeling. In this, we chose the Cochrane Center stages and the flow with CASP evaluation. The results show curriculum changes, faculty engagement, active methodologies, patient-family and Teaching-Service and Health Care interactions, compartmentalized physical structure of educational institutions, unpreparedness of teaching; models of attention that mixes traditional and contemporary views of doing / acting in health. For a sustainable IPE in Collective Health training, the pedagogical policy projects of the related courses must have IPE consistency and full implementation in the living curriculum. It is necessary to promote the integration between the different health courses, developing IPE-guided competences, among the various professional categories, organizing them around a common objective, so that, working collaboratively, they qualify and optimize the results in Cheers. Long term interventions are imperative to support this complex set of changes, so there is a need for organizational, management and pedagogical structures that recognize the value and support such innovations. It is understood that the results of this metasynthesis may contribute to the confrontation of resistance to the transformations of health practices guided by the IPE. The collection of strategies and methodological instruments demonstrated in this study can be a potent reference for the development of new training processes and practices guided by IPE and thus contribute in the field of Collective Health. Further exploratory and longitudinal studies with quantitative methods are also encouraged, as is the discovery of innovations in this area. In addition, long-term impact assessments of learning and health care benefits from collaborative IPE-driven practices are indicated.
Linha de Pesquisa
Educação na Saúde
Ano Defesa
2019
Nucleadora
Instituição
UVA
UF
CE