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AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO TESTE RÁPIDO DE HIV NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
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2019_URCA_Dissertação_Thiago Sampaio de LimaBaixar
No contexto da Rede Cegonha, a implantação do teste rápido para diagnóstico do HIV qualifica a atenção básica e proporciona maior resolubilidade e qualidade no atendimento. Assim, verifica-se a necessidade das equipes da Estratégia Saúde da Família em realizar o teste rápido de HIV no âmbito da atenção ao pré-natal. Objetivou-se avaliar a implantação do teste rápido de HIV na assistência ao pré-natal da atenção básica de uma região de saúde. Estudo transversal, avaliativo, com abordagem quantitativa e seguiu o referencial metodológico de Donabedian. Foi realizado nos nove municípios da 19ª Coordenadoria Regional de Saúde, entre março e julho de 2019. Foi utilizado um formulário validado, que considerou orientações presentes em materiais publicados que abordam questões de aconselhamento e do teste rápido de HIV. Estabeleceram-se os marcadores: 1) Estrutura para a realização do aconselhamento e do teste rápido de HIV; 2) Processo de organização do serviço e práticas do aconselhamento e do teste rápido; 3) Resultado da realização do teste rápido de HIV. Foram identificadas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que atendiam aos marcadores e classificadas com graus de implantação (adequada, parcialmente adequada ou inadequada). Os dados foram analisados por meio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 23.0, segundo a frequência absoluta e relativa e aplicação do teste do qui-quadrado. Atenderam aos critérios 79 UBS, destas 54 apresentaram implantação adequada e 25 parcialmente adequada do teste rápido. Nos marcadores de Estrutura, as dificuldades na implantação foram relacionadas à necessidade de adequação do espaço físico e disponibilidade de materiais de consumo e insumos de prevenção. Nos marcadores de Processo, há dificuldades na realização de atividades na comunidade; na autonomia dos usuários para acessarem insumos, na incorporação dos testes na rotina da UBS e na notificação dos casos reagentes. Nos marcadores de Resultado, há dificuldades no aconselhamento pós-teste, no encaminhamento para o serviço especializado e na contrarreferência. Conclui-se que as capacitações e implantações do teste rápido de HIV nas UBS são práticas recentes na atenção primária. A falta de estrutura adequada nas UBS dificulta o trabalho dos profissionais que encontram dificuldades para realizar a testagem rápida na sua prática diária. Observou-se neste estudo que a carga horária da capacitação não interferiu no grau de implantação do teste rápido e HIV nas UBS pesquisadas.
Tipo de Documento
Dissertação
Curso
Mestrado
Título
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO TESTE RÁPIDO DE HIV NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Autor(a)
Thiago Sampaio de Lima
Orientador(a)
Profa. Dra. Dayanne Rakelly de Oliveira
Palavras-chave
teste rápido de HIV, gestantes, atenção básica.
Resumo
No contexto da Rede Cegonha, a implantação do teste rápido para diagnóstico do HIV qualifica a atenção básica e proporciona maior resolubilidade e qualidade no atendimento. Assim, verifica-se a necessidade das equipes da Estratégia Saúde da Família em realizar o teste rápido de HIV no âmbito da atenção ao pré-natal. Objetivou-se avaliar a implantação do teste rápido de HIV na assistência ao pré-natal da atenção básica de uma região de saúde. Estudo transversal, avaliativo, com abordagem quantitativa e seguiu o referencial metodológico de Donabedian. Foi realizado nos nove municípios da 19ª Coordenadoria Regional de Saúde, entre março e julho de 2019. Foi utilizado um formulário validado, que considerou orientações presentes em materiais publicados que abordam questões de aconselhamento e do teste rápido de HIV. Estabeleceram-se os marcadores: 1) Estrutura para a realização do aconselhamento e do teste rápido de HIV; 2) Processo de organização do serviço e práticas do aconselhamento e do teste rápido; 3) Resultado da realização do teste rápido de HIV. Foram identificadas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que atendiam aos marcadores e classificadas com graus de implantação (adequada, parcialmente adequada ou inadequada). Os dados foram analisados por meio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 23.0, segundo a frequência absoluta e relativa e aplicação do teste do qui-quadrado. Atenderam aos critérios 79 UBS, destas 54 apresentaram implantação adequada e 25 parcialmente adequada do teste rápido. Nos marcadores de Estrutura, as dificuldades na implantação foram relacionadas à necessidade de adequação do espaço físico e disponibilidade de materiais de consumo e insumos de prevenção. Nos marcadores de Processo, há dificuldades na realização de atividades na comunidade; na autonomia dos usuários para acessarem insumos, na incorporação dos testes na rotina da UBS e na notificação dos casos reagentes. Nos marcadores de Resultado, há dificuldades no aconselhamento pós-teste, no encaminhamento para o serviço especializado e na contrarreferência. Conclui-se que as capacitações e implantações do teste rápido de HIV nas UBS são práticas recentes na atenção primária. A falta de estrutura adequada nas UBS dificulta o trabalho dos profissionais que encontram dificuldades para realizar a testagem rápida na sua prática diária. Observou-se neste estudo que a carga horária da capacitação não interferiu no grau de implantação do teste rápido e HIV nas UBS pesquisadas.
Abstract
In the context of the Stork Network, the implementation of the rapid test for HIV diagnosis qualifies primary care and provides greater resolution and quality of care. Thus, there is a need for Family Health Strategy teams to perform the rapid HIV test in the context of prenatal care. This study aimed to evaluate the implementation of the rapid HIV test in prenatal care of primary care in a health region. A cross-sectional, evaluative study with a quantitative approach followed Donabedian's methodological framework. It was conducted in the nine municipalities of the 19th Regional Health Coordination between March and July 2019. A validated form was used, which considered guidance from published materials addressing HIV counseling and rapid testing issues. Markers were established: 1) Structure for conducting HIV counseling and rapid testing; 2) Service organization process and rapid testing and counseling practices; 3) Result of the rapid HIV test. The Basic Health Units (BHU) that met the markers were identified and classified with degrees of implementation (adequate, partially adequate or inadequate). Data were analyzed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 23.0 statistical program according to absolute and relative frequency and application of the chi-square test. They met the criteria 79 BHU, of these 54 presented adequate and 25 partially adequate implementation of the rapid test. In the Structure markers, the implementation difficulties were related to the need for physical space adequacy and availability of consumables and prevention inputs. In Process markers, there are difficulties in performing activities in the community; autonomy of users to access inputs, incorporation of tests in the routine of the BHU and notification of reagent cases. In the outcome markers, there are difficulties in post-test counseling, referral to the specialist service and counter-referral. It is concluded that training and implementation of rapid HIV testing in BHU are recent practices in primary care. The lack of adequate structure in the BHU makes it difficult for professionals who find it difficult to perform rapid testing in their daily practice. In this study, it was observed that the training hours did not interfere with the degree of implementation of the rapid HIV test in the BHU surveyed.
Linha de Pesquisa
Atenção e Gestão do cuidado em saúde
Ano Defesa
2019
Nucleadora
Instituição
URCA
UF
CE